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Retomando o Trabalho com Desk To Go

Desk To Go

O mundo é eterno devir, um encadeamento infinito de causalidades e seus efeitos que nos trouxe desde o Big Bang até a pandemia. Se é verdade que todos sabemos disso em nosso âmago, essa realidade jamais dantes foi tão evidente, esteve tão escancarada, se acelerou tanto no mundo que o homem habita.

Nossa realidade já não é como outrora, e a verdade é que não sabemos se um dia voltará a ser parecida com o que vivíamos ainda em 2019, aquele longínquo passado próximo; o que sabemos é que os impactos desta pandemia ficarão conosco por um longo tempo, se não para sempre.

Mas tudo isso já são coisas das quais sabemos, que sentimos na pele e vemos ao mirar o mundo nos olhos, por cima das recém-adquiridas máscaras. Agora, com algum tipo de “nova normalidade” se introduzindo, titubeante, em nossas vidas, é preciso pensar em como seguir adiante.

O Desk To Go, solução sobre a qual trataremos neste post, é uma criação da Grvppe pensando nesse cenário. Ele foi desenvolvido para ajudar empresas a retomarem suas atividades e seguirem adiante, porém, agora, em uma realidade transmigrada (ao menos em parte, se pensarmos sobre os regimes híbridos) do mundo físico para o digital, de escritórios para nuvens.

Mas, afinal de contas, o que é o Desk To Go?

O Desk To Go é, primordialmente, um serviço, não um produto a se adquirir. Como serviço, ele se enquadra em uma categoria que talvez ainda não seja conhecida por todos, a qual chamamos de DaaS, acrônimo para Desktop as a Service (Desktop como Serviço, em português), ou, às vezes, Device as a Service (Dispositivo como Serviço, em português). Conjuntamente, é um VDI (Virtual Desktop Interface, ou, em português, Infraestrutura de Desktop Virtual).

Certo, se você já sabe do que estamos falando, ótimo, pode passar para a próxima seção sem se preocupar. Agora, se você está se perguntando o que essas siglas todas querem dizer, vem aqui comigo que eu te explico.

O DaaS pertence a uma família de soluções que tem nascido com a tecnologia em nuvema, a tal das XaaS. É capaz que você já tenha ouvido falar de algum de seus membros: IaaS, SaaS, PaaS e TaaS, sem contar o nosso DaaS (e nada impede que hajam ainda mais outras siglas do tipo). Se quiser, aqui tem uma matéria interessante abordando de maneira concisa um pouco sobre todos eles.

Posto de maneira simples, o tal do XaaS trata de uma família de soluções tecnológicas que podem ser realizadas e contratadas como serviços, livrando as companhias de todo o trabalho de ter que cuidar elas mesmas disso: infraestrutura, softwares, ambientes de testes e o que mais a imaginação e inventividade humanas desenvolverem.

Mas como assim como serviço, alguns podem estar se perguntando. Em uma comparação simples e bem inteligível, pense na diferença entre cozinhar a sua própria comida ou pedí-la por aplicativos como Ifood e Uber Eats e eis a diferença.

Trazendo para o nosso caso do Desk To Go, em vez de você precisar comprar – e realizar toda a manutenção, além de atualizações periódicas – um desktop, ou notebook, para os seus colaboradores, é possível alugá-lo, e alugá-lo na nuvem, de maneira virtual, eis o VDI. Como veremos logo abaixo, estar no ambiente da nuvem trás diversas vantagens.

Para não nos delongarmos demasiadamente, você pode entender mais sobre o funcionamento de um VDI por aqui, mas vamos ressaltar para você algumas das vantagens por trás dessa tecnologia:

É bastante coisa, né? E o pior é que seria possível pensar em ainda mais vantagens, tudo depende de como você vai utilizar a tecnologia e integrá-la com outras soluções em nuvem, então é sempre interessante conversar com especialistas na hora de planejar a incorporação dessa e, sinceramente, de qualquer outra tecnologia.

Empresas, transformação digital e a pandemia

Como dissemos na introdução, o surgimento da pandemia de COVID-19 acabou acelerando drasticamente diversas tendências tecnológicas que já podíamos observar no mundo anteriormente, por inúmeros motivos, e isso acabou pegando a todos de surpresa.

A grande diferença era o quão preparados estávamos para isso, cada um de nós. Vamos olhar um pouco para como isso se deu com as empresas, certo?

  1. Empresas que não estavam prestando atenção em sua transformação digital. As empresas pertencentes a este primeiro tipo foram as mais duramente impactadas pela pandemia. Elas geralmente não tinham uma área de tecnologia bem estruturada ou assessorada e agora tem de partir do zero para correr e se atualizar, tentando se adequar a essa nova realidade o mais rápido possível.
  2. Empresas com uma área tecnológica incipiente. São aquelas empresas que embora se preocupassem com isso, talvez até estivessem começando a olhar para essa tal de transformação digital, ainda não tinham dado muitos passos nesse sentido. Elas precisam acelerar o passo, amadurecendo seus processos e atualizando sua tecnologia.
  3. Empresas com uma área tecnológica estabelecida. Essas já não tiveram tantas dificuldades, mesmo que ainda não tivessem adotado as tecnologias que as ajudariam nesse momento, elas tem profissionais (ou assessores) bem equipados e preparados para encarar esses novos desafios, só precisam acelerar um pouco o passo e passar a escalar sua transformação digital.
  4. Empresas em dia com as tendências e em plena transformação digital. Como dissemos lá no início do texto, o mundo é eterno devir, as tecnologias estão sempre avançando, substintuindo umas às outras. A verdade é que a transformação digital de uma empresa é, em última instância, um processo perpétuo e aquelas empresas que já estavam em dia com essa ideia, com novas soluções tecnológicas, foram capazes de receber o golpe da pandemia muito melhor do que quaisquer outras, ajustando-se conforme o necessário caso a caso.

Em qual dessas quatro categorias você diria que a sua empresa estava ao começar a pandemia? E agora? Se nada mudou, poderíamos considerar quase um milagre que ela tenha sobrevivido até agora e é hora de começar a prestar mais atenção à sua transformação digital, mesmo que na direção de soluções e processos híbridos (on premise e na nuvem).

Desk To Go e o Trabalho Remoto

Segundo o Gartner, especialista em pesquisas e tendências para empresas, a mudança que pudemos observar no regime de trabalho em modelo home office e híbrido passou de 30% no período pré-pandemia para 48% no pós-pandemia. Esses números nos dizem muito, mas mais do que isso, trazem consigo muitas mudanças, não apenas organizacionais e tecnológicas, mas também culturais.

É provável que, se você andou navegando pelo LinkedIn, a maior e mais importante rede social voltada para o trabalho do mundo, você tenha se deparado com alguma pesquisa como essa:

Além de apontar para as dificuldades pelas quais muitas pessoas estão passando, tentando se recolocar no mercado de trabalho em meio à crise, ela também escancara essa tendência que, para alguns, ainda é nova: o home office e o regime de trabalho híbrido (parte do tempo na empresa, parte em casa).

Agora, pode ser interessante relembrar algumas daquelas vantagens sobre as quais falamos lá em cima, ao tratar do VDI, ou seja, a tecnologia na qual o Desk To Go se baseia. Ficar carregando um computador, mesmo que ele seja um notebook, nem sempre é o ideal, por diversos motivos para além do mais óbvio, que é a segurança.

Com o Desk To Go é possível ter o seu local de trabalho onde quer que você, e uma conexão de internet, esteja, podendo acessar de maneira segura e confiável tanto a sua própria máquina pessoal, quanto todos os outros recursos e dados da sua empresa que também estejam na nuvem e que, portanto, podem ser integrados diretamente com a solução. Por exemplo, o Desk To Go já traz consigo uma licença do Microsoft 365 (mais conhecido por aí como Pacote Office).

Inclusive, se você se lembrar daquele termo que mencionamos brevemente lá em cima, o tal do multicloud, você pode ter percebido que nem mesmo precisa se preocupar em que tudo esteja na mesma nuvem, já que cada vez mais a integração entre nuvens distintas só cresce.

Se estiver curioso em saber, o Desk To Go, no caso, se usa de recursos do Azure para todo seu funcionamento, a nuvem pública da Microsoft.

VDI ou Notebook? Uma questão de internet

Para finalizar, acho importante tratar de algo que ainda pode estar se passando na cabeça de algumas pessoas, mesmo com tudo o que já foi dito. Será que não vale mesmo alugar um notebook em vez de embarcar nesse tal de… VDI?

Embora o VDI não seja nenhuma grande novidade na praça, aqui no Brasil ainda não estamos muito familiarizados com ele, e isso pode levar algumas pessoas a ficarem com um pé atrás na hora de embarcar nessa empreitada. Por isso, trouxe aqui alguns pontos de comparação entre vantagens e desvantagens de soluções de VDI, como o Desk To Go, e notebooks, baseado nesse conteúdo aqui, em inglês.

Vantagens e Desvantagens do Desk To Go 

✔ Maior proteção contra vazamento de dados;
✔ A máquina virtual sempre estará em uma situação controlada e conhecida, o que ajuda muito a sua área de TI;
✔ Seus colaboradores podem usar seus próprios dispositivos para se conectar ao Desk To Go, sem que você precise se preocupar com todas as questões de segurança do ponto de acesso;
✔ Caso haja algum problema com a Máquina Virtual será algo fácil e rápido de se resolver, sem que haja perda de informações;
✔ O Desk To Go pode estar diretamente ligado à rede da sua empresa, com uma conectividade super rápida.

X Os usuários precisam de uma conexão estável com a internet para acessar e usar ao máximo o Desk To Go;
X A escolha de local de trabalho sempre estará limitada por essa necessidade de uma conexão estável, então, pode ser que você ainda não consiga trabalhar daquela praia deserta e isolada que tanto ama, ao não ser que tenha um bom 4G para rotear.

Vantagens e Desvantagens de um Notebook

✔ É possível trabalhar de qualquer lugar, até mesmo daquela praia suprareferida, contanto que você não precise de internet para as atividades daquele dia;
✔ Instabilidade na internet não é necessariamente um problema para o seu trabalho;
✔ Pode ser a solução ideal para aquelas pessoas que precisam de um computador potente e não contam com uma internet assim tão confiável.

Todos os seus arquivos ficam no seu computador, objeto físico, além de conectado à internet ao menos ocasionalmente, o que implica em maiores riscos de segurança;
Manter um grande número de notebooks atualizados e seguros é uma tarefa difícil e bem trabalhosa para a sua equipe de TI, o que só se intensifica ainda mais à distância;
Por terem o notebook com eles, é mais fácil para seus colaboradores burlarem normas impostas pela sua equipe de TI à máquina.

Com isso, é possível pensarmos em diversos cenários em que pode ser melhor para determinada empresa se usar seja de uma solução em VDI, como o Desk To Go, seja de notebooks, ou até uma mistura dentre os dois. Porém, o ponto central na hora de fazer a escolha é a questão da internet.

Ainda sobre ela, vale a pena entrarmos em um pequeno detalhe técnico que tem grandes impactos sobre a performance de um VDI. A conexão que se estabelece entre o seu ponto de acesso (seja ele um celular, tablet, computador, etc.) pode se dar de duas formas, via VPN (a famosa Virtual Private Network) ou RDP (Remote Desktop Protocol, também conhecido como Terminal Service, TS, ou Remote Desktop Service, RDS). Caso ela se dê via VPN, a sua conexão com a internet precisará ser mais potente, pois todo o processamento sendo realizado na Máquina Virtual, lá na Nuvem, estará sendo transmitida de um ponto ao outro, enquanto com o RDP, caso do Desk To Go, o processamento se dá todo no ambiente virtual, enquanto o ponto de acesso envia apenas os comandos e recebe os sinais necessários para visualizar o que está acontecendo lá, parecido com assistir um vídeo, só que interativo e com um fps (frames por segundo) bem menor, e consequentemente mais leve, requerendo menos da sua conexão com a internet.

Ou seja, simplificando todo o “tecniquês”, se o VDI em questão se usa de VPN ele vai requerer uma internet mais robusta. Porém, se ele se usa de RDP, como o Desk To Go, sua internet não precisa ser assim tão potente, apenas estável.

O Brasil é um país de proporções continentais, atualmente o 5º maior do mundo, perdendo apenas para Rússia, Canadá, China e Estados Unidos, e isso quer dizer que existem muitos “Brasis”, questão especialmente importante ao levarmos em conta a internet. Pensar sobre em quais locais geográficos do país o Desk To Go será utilizado é um ponto importante na hora de considerar a adoção da solução, já que ela pode funcionar muito melhor, por exemplo, próxima à cidade de São Paulo do que em uma cidade no interior da Bahia.

Conclusão

Seja com o Desk To Go, com notebooks, com a transformação de processos e soluções tecnológicas de maneira geral, mesmo que em meio a uma miríade quase infinita de possibilidades e contextos, mantém-se uma constante: é preciso se transformar e retomar as atividades. A transformação digital está aí e não é bom deixar ela para o último momento, pois, como vimos, isso pode ter consequências graves.

Aqui na Grvppe, desenvolvemos o Desk To Go, essa solução de VDI, de forma a ajudar empresas de qualquer porte a acelerar, ou iniciar, a sua transformação digital, mas além dele temos muitas outras soluções de tecnologia para ajudar você nesse percurso e estamos sempre abertos para uma conversa. Caso haja interesse, é só vir falar com os nossos especialistas.